Quando um assassino venceu todos os seus inimigos, o que resta para ele?
Quando um assassino venceu todos os seus inimigos, o que resta para ele?

Melhor: A cidade de Constantinopla pronta para ser explorada com novas habilidades; Evolução do sistema de recrutas muito bem desenvolvida; Desfecho emocionante para a franquia; Legendas em português | Pior: Inclusão do minigame Tower Defense quebram o clima da trama; Algumas tarefas que eram irritantes no primeiro jogo voltaram
Mais uma vez um novo jogo da série “Assassin’s Creed” chega com apenas um ano de diferença de seu antecessor para narrar o desfecho das jornadas de Ezio, Altaïr e Desmond. O jogo se esforça pouco em apresentar novidades à jogabilidade, como foi visto anteriormente em “Brotherhood” - que poliu muito do que a segunda versão ficou devendo, com boas porções de missões e algumas inovações interessantes.
Quem acompanha a série sabe que o enredo é sempre o ponto alto desta jornada, mas desde “Brotherhood” que os novatos ficam completamente perdidos ao começar a se aventurar por ali, pois se trata de uma continuação direta da trama. Sem muito esforço para recapitulações, e apesar de deixar a maioria dos personagens dos jogos anteriores de lado, ainda assim será difícil entender principalmente quem é Desmond Miles e a relação dele com os outros personagens.

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Após os eventos de “Brotherhood”, Desmond está em um coma induzido na Animus, máquina que remonta a memória dos antepassados, sendo novamente Ezio, já em idade avançada, o principal foco do game. Há também aparições e trechos com Altaïr, personagem central do primeiro game, que ajudam a entender melhor sua personalidade, motivações e dão uma dimensão mais densa aos fatos ocorridos no primeiro jogo, que está incluso de brinde na versão para o PlayStation 3.
A trama, sem dúvidas a melhor até aqui, demora a ingressar, e varia entre contos muito bons e outros bastante rasos, no qual é fácil perceber que o ritmo da narrativa se perde próximo ao final do jogo - até que tudo se liga novamente para engatar no final.
Infelizmente, pouca inovação de jogabilidade foi adicionada nesta continuação, sendo as missões basicamente pequenas variações da versão anterior, que frustram bastante quem conseguiu completar 100% na aventura passada.
Para garantir alguma inovação de fato, foi adicionado um novo minigame de Tower Defense, que à primeira vista parece uma boa ideia, mas ao jogar fica perceptível que os comandos são estranhos e quebram o ritmo da aventura, principalmente quando se tem que jogar mais de uma vez. Felizmente, é possível dominar os territórios e gerir bem estas localidades para que este minigame maçante seja evitado.
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Tirolesa é que liga
A mais divertida adição é a tirolesa, que te leva rapidamente de um telhado ao outro e dá mais dinamismo e velocidade à exploração da cidade. As bombas são novidade e têm um papel de destaque, sendo possível customizar diversos tipos delas, que são usadas de maneira criativa no desenrolar da trama.
Ao coletar fragmentos de memórias espalhadas por Constantinopla, é possível realizar missões opcionais em primeira pessoa, com Desmond pelo universo estranho em que ele se encontra. Experimentar essas fases tão diferentes do resto deste universo é bastante interessante.
O modo multiplayer evoluiu consideravelmente, principalmente em relação à taxa de quadros por segundo. Alguns modos garantem sobrevida para o game pela experiência de puro suspense e tensão com diferentes personagens nos novos mapas.
A campanha esconde muitas coisas para fazer e, após terminar o game, você pode voltar de onde parou e continuar as tarefas para realizar 100% das missões. Mas não será fácil, já que a cidade está repleta de missões paralelas à trama principal e, ao olhar o mapa após terminar o jogo, verá que ainda existem diversas coisas a serem feitas.
Não deixa de ser um jogo bem divertido e competente, mas o ponto chato é que você não fará nada que já não tenha feito nas aventuras anteriores.